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Mário Ivan chama eleição da FAF de circo, vê irregularidades e promete recorrer


Foto: Rui Costa

Pela primeira vez, em 28 anos, uma chapa da oposição conseguiu se adequar a burocracia do estatuto se candiatar à presidência da Federação Amazonense de Futebol, mas, na hora da votação, o cenário seguiu o mesmo: Dissica Valério Tomaz foi reeleito para mais quatro anos de mandato. Derrotado no pleito, o ex-dirigente Mário Ivan soltou o verbo contra o planejamento.

Ivan enxergou como "aberração", por exemplo, o fato das Ligas Desportivas Municipais terem o mesmo peso de voto de clubes tradicionais como Nacional e Rio Negro. Na declaração, cedida à imprensa logo após a derrota, ele ainda viu irregularidade em relação a um votante e prometeu que vai recorrer e tentar anular a votação.

- Vou recorrer, porque a Liga de Manaquiri assinou a prestação de contas como uma liga apta. Mas hoje não pôde votar porque está sem CNPJ. Manaquiri particiou das Copas dos Rios de 2016 e 2017 e está inscrito em 2018. Assinou a ata de prestação do presidente. Estou recorrendo, entrando na justiça e pedindo o cancelamento dessa aprovação em virtude do Manaquiri - disse Ivan.

O candidato, também, reclamou da eleição ter sido aberta. Chegou a dizer que esse formato fere o estatuto. Todavia, no art 36. está claro: "a eleição será realizada por escrutínio secreto ou aberto, procedendo-se, em caso de empate, a um segundo escrutínio entre os colocados em primeiro lugar."

- O futebol do Amazonas está com quem e no lugar que merece. O Trabalho Continua (chapa do adversário). Qual trabalho? Não existe. Mais uma vez: o futebol do Amazonas está com quem e no lugar que merece. O que eu vi hoje foi um grande teatro, um grande circo. O estatuto foi descumprido, tanto o mandatário quanto o presidente da mesa. Descupriaram totalmente o estatuto. Voto aberto não é democracia, não é um direito a livre escolha - acrescentou.

No pleito, o atual mandatário há 28 anos, Dissica, foi reeleito por maioria dos votos (28 a 12). Para Mário Ivan, o resultado poderia ter sido outro se o voto fosse fechado. Ele acredita que muitos não tiveram coragem de dar a "cara a tapa" e ir contra a atual gestão.

- Se o voto não fosse aberto e não tivessem armado um grande circo, um grande teatro dentro da Federação, eu teria vencido, pois teria dado o direito ao eleitor de escolher secretamente o seu próximo presidente. Os 12 votos que tive, são homens de verdade. Os outros eu não posso falar. Tanto se prega a mudança necessária do futebol. Todos combinam por mudanças, mas quando têm o direito de votar, acontece o grande teatro de hoje - finalizou.

Fonte: Globo Esporte AM / Gabriel Mansur

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